Aconteceu neste domingo (26) no Teatro Dolby, em Los Angeles, a 89ª cerimônia de entrega do Oscar. Apresentada pelo comediante Jimmy Kimmel (que fez um longo discurso em sua primeira aparição no palco), a premiação foi iniciada pelo astro Justin Timberlake, que colocou todos para dançar ao interpretar Can’t Stop The Feeling, sua música para o filme Trolls que concorria na categoria de melhor canção original – e que, obviamente, perdeu para City of Stars, de La La Land: Cantando Estações.
A Academia se redimiu este ano por um “erro” da edição anterior: a diversidade marcou presença (ao menos em alguns pontos). Se em 2016 os organizadores receberam inúmeras críticas pela ausência de candidatos negros nas categorias de intérpretes, neste ano a coisa foi bem diferente: eles brilharam em todas essas indicações – apenas para melhor atriz coadjuvante, por exemplo, concorreram Naomie Harris, Octavia Spencer e Viola Davis (esta última, inclusive, a favorita da noite, aplaudida de pé ao receber seu prêmio). Mahershala Ali também representou bem seu time, levando para casa o prêmio de melhor coadjuvante por seu desempenho em Moonlight: Sob a Luz do Luar.
No final, confirmou-se o favoritismo de La La Land: Cantando Estações, que ganhou 6 prêmios (dentre as 14 categorias às quais concorreu) e foi o maior vencedor da noite. Mas o filme de Damien Chazelle também foi protagonista de uma das maiores saias justas do Oscar em todos os tempos. Após ser anunciado como melhor filme, a equipe de La La Land subiu para os agradecimentos, mas foi interrompida por um imprevisto: houve um engano durante o anúncio de Faye Dunaway e Warren Beatty e quem realmente levou a estatueta foi Moonlight, o segundo maior premiado da vez, seguido por Até o Último Homem e Manchester à Beira Mar, com duas vitórias cada um. Piada do ano!
Confira a lista de todos os vencedores deste Oscar que se tornou épico:
Se 2013 não foi um ano muito favorável para o cinema, o mesmo não se pode dizer da música. O ano foi um prato cheio para quem curte escutar boa sonoridade, conhecer gente nova e sair por aí cantando à toa…
Confira minha lista abaixo com os melhores álbuns de 2013 – todos devidamente escutados e avaliados. Lembrando que a lista não segue necessariamente o fator “qualidade” – tampouco reflete questões pessoais (tem artistas aqui que eu, supostamente, não curto). Cheguei nessa lista baseando-se em discos que, de alguma forma, chamaram a atenção no cenário musical e fez a crítica balançar.
COMEDOWN MACHINE (The Strokes) Faixa imperdível: 50/50 Quinto registro de estúdio da maior representante do movimento indie rock na atualidade, Comedown Machine é a aposta dos Strokes em novas sonoridades, refletindo diretamente tudo aquilo que os rapazes da banda (e, principalmente, seu vocalista, Julian Casablancas) curtem ouvir nas horas vagas – tanto é verdade, que muita gente considerou o álbum muito próximo ao disco de carreira solo do cantor.
LOVE IN THE FUTURE (John Legend) Faixa imperdível: All Of Me Um dos melhores intérpretes de R&B da atualidade, Love in The Future é o quinto registro do cantor, compositor e pianista norte-americano. Um pouco esquecido pela crítica, no entanto, o disco é um deleite para os ouvidos e possui uma das músicas mais sensíveis de sua carreira, All Of Me – que Legend interpreta ao som de um piano deliciosamente atraente.
RIGHT THOUGHTS , RIGHT WORDS, RIGHT ACTION (Franz Ferdinand) Faixa imperdível: Evil Eye O quarto álbum de estúdio da banda escocesa Franz Ferdinand caiu nas graças da crítica e do público, sendo um dos mais vendidos do ano no Reino Unido. A faixa Evil Eye, minha sugestão, ganhou um clipe EXCELENTE que faz alusão a clássicos filmes B de terror – Sam Raimi, George Romero e Robert Rodriguez gostaram disto!
BEYONCÉ (Beyoncé Knowles) Faixa imperdível: XO
Enquanto todos voltavam as atenções aos discos de cantoras pop como Lady Gaga, Britney Spears e Katy Perry, Beyoncé ficou na surdina e de repente… Um tapa na cara de todos ao lançar seu auto-intitulado Beyoncé, um ótimo trabalho que pegou muita gente de surpresa e atesta de vez o talento da cantora.
THE NEXT DAY (David Bowie) Faixa imperdível: Where Are You Now?
O veterano Bowie presenteou a todos seus fãs com The Next Day, seu primeiro registro após 10 anos de Reality, seu trabalho anterior. Em apenas uma semana, o álbum se tornou o mais vendido no Reino Unido – o que Bowie não fazia desde Black Tie White Noise, de 1993. The Next Day é a prova de que David ainda está em ótima forma.
ANTHEM (Hanson) Faixa imperdível: Get The Girl Back
O trio norte-americano formado pelos irmãos Jordan, Zac e Isaac ficaram famosos lá na década de 90, quando eram 3 garotinhos que cantavam baladinhas românticas com suas vozes açucaradas. Os caras cresceram, constituíram famílias, amadureceram e trouxeram o ótimo álbum popAnthem, super elogiado pela crítica e pelos fãs.
MODERN VAMPIRES OF THE CITY (Vampire Weekend) Faixa imperdível: Hannah Hunt Terceiro trabalho de estúdio da banda norte-americana de indie-rock, Modern Vampires of the City é considerado por muitos o melhor disco do quarteto – e não apenas isso, mas também é apontado por muitas publicações como o álbum do ano.
PARADISE VALLEY (John Mayer) Faixa imperdível: Paper Doll John Mayer foi bem recebido com seu Paradise Valley que, dentre outros méritos, ainda traz um dueto do cantor com sua atual conquista, Katy Perry (em um parceria, no mínimo, “fofa”). Considerado um dos melhores discos da carreira do cantor, Paradise Valley prova que John Mayer não é apenas bom em colecionar belas mulheres…
THE ELECTRIC LADY (Janelle Monáe) Faixa imperdível: Q.U.E.E.N. Amplamente aclamado pela crítica, The Electric Lady não perde seu rumo em momento algum, mesmo com seus mais de 60 minutos. Produzido ao longo de três anos, o álbum possui uma coleção de hits muito maior que o CD anterior da cantora – o que faz com que o disco seja apreciado logo à primeira audição.
REFLEKTOR (Arcade Fire) Faixa imperdível: We Exist
Com uma campanha de marketing estratégica para sua divulgação, Reflektor é considerado o melhor álbum da banda indie – que após um tempo pedalando pelo mainstream, provou que ainda tem muito a oferecer a seus fãs mais tradicionais. Dividido em dois discos, somando cerca de 75 minutos de duração, Reflektor foi muito bem recepcionado pela crítica.
PALE GREEN GHOSTS (John Grant) Faixa imperdível: GMF O cantor norte-americano conquistou a crítica com seu segundo disco de estúdio, considerado pela Rough Trade (famosa loja de música londrina, em sua tradicional lista de fim de ano) o melhor álbum de 2013. Está achando pouco? O jornal britânico The Guardian também o colocou na lista dos 10 melhores CDs lançados no ano.
BANGERZ (Miley Cyrus) Faixa imperdível: Wrecking Ball
Miley Cyrus aposentou de vez a peruca de Hannah Montana e fez de 2013 o ano mais polêmico de sua carreira. Para isso, lançou o “sujo” Bangerz, que fez Miley virar sucesso nas paradas – e também na internet, rendendo vários memes à cantora. Quem nunca viu alguma paródia com a música Wrecking Ball?
MGMT (MGMT) Faixa imperdível: Your Life is a Lie
A banda de rock psicodélico lançou seu auto-intitulado MGMT, que dividiu a opinião dos fãs (quem esperava um Kids ou Time to Pretend, esqueça!). Apesar de ser uma ruptura em relação aos trabalhos anteriores da banda e questionavelmente regular, o terceiro registro do MGMT é um muito mais maduro e redondo do que os anteriores.
THE 20/20 EXPERIENCE (Justin Timberlake) Faixa imperdível: Suit & Tie
Alguns dizem que Justin poderia tirar a coroa de rei do pop de Michael Jackson. Meio cedo para falar isso, mas o fato é que Justin tem se destacado e mostrado que não é apenas um rosto bonito. O cara, definitivamente, tem talento – que ficou mais que provado com seu elogiadíssimo The 20/20 Experience, terceiro álbum da carreira do ex-‘N Sync.
YEEZUS (Kanye West) Faixa imperdível: BLKKK SKKKN HEAD
Kanye já foi até elogiado por Barack Obama – que antes, teceu críticas ao trabalho do rapper norte-americano. Yeezus é apontado por várias publicações como o melhor disco de 2013 – experimental, cru, obscuro. Nenhuma novidade para West, que já está acostumado a ver seus projetos reconhecidos pelo público e pela crítica especializada.