Western nas Estrelas, Han Solo: Uma (Desnecessária) História Star Wars

Eternizado pelo absoluto Harrison Ford, Han Solo não é o grande herói da primeira trilogia Star Wars (tarefa que ficou sob responsabilidade de Luke Skywalker) – mas sempre foi um dos personagens mais amados. Na verdade, Han é um anti-herói com características que o tornaram queridinho por meninos e meninas – principalmente o estilo charmoso e malandro do bonitão. Não foi surpresa, portanto, quando a Disney anunciou a produção de Han Solo: Uma História Star Wars, um spin-off  que trata as origens deste personagem antes dos acontecimentos de Uma Nova Esperança, de 1977.

Com uma narrativa que é praticamente um western espacial (tem assalto a trem, foras da lei, duelos e reviravoltas, perseguições, etc.), o filme dirigido por Ron Howard (Uma Mente Brilhante, O Código Da Vinci) é inicialmente situado em Corellia, onde o jovem Han e sua namorada de longa data, Qi’ra, são separados. Para conseguir dinheiro e resgatar sua amada, Han aceita trabalhar para uma perigosa gangue estelar comandada por Dryden Vos – e, entre os encontros e desencontros típicos da série, o mercenário se vê envolvido em um esquema muito maior que pode colocar em risco toda a galáxia.

Filme mais caro de Star Wars até aqui (superando O Despertar da Força), Han Solo não parece ter sofrido tanto com a troca de diretores e as diversas refilmagens às vésperas de seu lançamento – afinal, não é um episódio ruim. Mas quando nos damos conta que o longa pertence à família Star Wars… aí é que mora o perigo. Chegando aos cinemas meio desacreditado (com toda a razão), Han Solo é independente dos demais capítulos (você não precisa ter assistido à franquia para entender o que está acontecendo na tela), funcionando quase como um mero encontro entre os personagens clássicos e a apresentação dos novos. Narra a origem do piloto, bem como o fortuito encontro com Chewbacca (que seria seu companheiro durante toda a vida) e até mesmo a aquisição de sua nave, a Millennium Falcon. A trama, em si, não traz nada de relevante (a princípio) e é muito menos elaborada que as demais: em suma, é apenas um filme para se conhecer/expandir a série, buscando trazer respostas desnecessárias e deixar uma ou outra referência com o intuito de ligar as histórias.

Mas não se deixe levar pelas críticas não tão positivas: Han Solo: Uma Aventura Star Wars é um bom filme, sim, família, com muita ação, aventura, atuações bem feitas (Alden Ehrenreich está ótimo como protagonista), uma bela fotografia (muito menos poluída do que outros títulos da saga), trilha sonora caprichada… Enfim, é puro entretenimento, porém desnecessário dentro de um universo tão rico quanto Star Wars – tornando-se, assim, um simples momento escapista da obra de George Lucas.

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