O Garoto da Casa ao Lado (The Boy Next Door)

Se há um clichê notável no cinema é a história de um homem e uma mulher que se envolvem sexualmente e, após um deles não desejar mais levar a relação adiante, a outra parte desenvolve certa obsessão pela primeira. A partir daí, começa aquele velho jogo de assédio e perseguição – até que um fim trágico aconteça.

Esse tipo de premissa já ganhou muitas variações – e, ainda assim, sempre nos deparamos com mais alguma história do gênero. Dessa vez, trata-se de O Garoto da Casa ao Lado, thriller estrelado pela popstar Jennifer Lopez – aqui, no papel de Claire, uma professora de literatura que está à beira do divórcio. Após uma noite de sexo com Noah (Ryan Guzman), seu novo vizinho, Claire decide acabar com o curto “romance” – o jovem é amigo de seu filho e ainda estudante do colégio onde leciona. No entanto, Noah logo se revela um rapaz violento, possessivo e psicótico, fazendo de tudo para ter Claire ao seu lado e colocando em risco a vida de todos.

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Obviamente, o grande “problema” de O Garoto da Casa ao Lado é sua falta de originalidade. Tudo ali parece ser retirado de outras produções e a todo instante o espectador tem aquela sensação de dejavú, como se já tivesse visto aquilo em algum lugar (e, de fato, é provável que ele já tenha visto aquilo em algum lugar antes). Não há nada novo ou original na fita e a impressão que se tem é que estamos diante de um filme “pré-moldado”, feito exclusivamente para ser uma mistura de todas as outras tramas similares. Com um roteiro previsível, onde tudo ocorre propositalmente, a narrativa é limitada de forma absurda, quase que com um ar de produção barata – mesmo que a protagonista seja uma beldade do porte de Jennifer Lopez. É fato: Jennifer está exuberante em cena – um furacão – e chega até a entregar uma boa performance. O que atrapalha sua personagem é justamente a vaidade da artista, que não permite que a atriz seja crível no papel de uma professora suburbana. Na verdade, o elenco em si é bastante atrativo e funciona muito bem, mas é prejudicado pelo status quo do filme – o que não deixa de ser lamentável.

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Dirigido por Rob Cohen – um cineasta mediano, mas que já esteve à frente de produções para a massa (Daylight, Velozes e Furiosos e A Múmia: Tumba do Imperador Dragão) – , O Garoto da Casa ao Lado vai, aparentemente, na contramão de seus trabalhos anteriores e, dessa forma, é descartável. Pode render, no máximo, alguma audiência na TV aberta sobretudo pelo elenco. Talvez a única coisa realmente boa de O Garoto da Casa ao Lado seja mesmo Jennifer Lopez – é uma pena o filme não ser tão atraente quanto ela…

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