Não importa o lugar, gênero ou personalidade: “A” acorda todo dia em um corpo diferente e precisa se adaptar a este novo corpo, ainda que apenas por um dia. Após tanto tempo vivendo dessa maneira, “A” já sabe exatamente que não deve se envolver e muito menos interferir na vida destas pessoas. Tudo vai bem até o dia em que “A” amanhece no corpo do adolescente Justin e conhece sua namorada, Rhiannon, por quem acaba se apaixonando.
Baseado no Best-seller de David Levithan e dirigido por Michael Sucsy, Todo Dia tem uma premissa interessante e original, infelizmente prejudicada por um roteiro que não se aprofunda em questões que, aparentemente, deveriam ser exploradas, como a importância de se viver intensamente como se fosse o último dia. O argumento meio que inverte o protagonismo da história em sua segunda parte – e isso reduz a trama a um simples romance adolescente. Com um incrível potencial, porém desperdiçado, Todo Dia centra sua narrativa mais nas dificuldades de se amar alguém sem saber o que vai acontecer em seguida, enquanto faz alusão também aos relacionamentos baseados puramente em atração física – mas isso tudo muito superficialmente, fazendo com que Todo Dia não vá alem de um filme bonitinho pra Sessão da Tarde, mas sem muita relevância como a obra que o originou.