Carnívoras (Carnivores)

A rivalidade entre familiares e a trama com duplos são os temas de Carnívoras, longa dos irmãos estreantes Jérémie e Yannick Renier. A propósito, há algumas semelhanças entre os dois cineastas e as protagonistas de Carnívoras: enquanto Jérémie (o mais novo) ficou conhecido por atuar em inúmeros filmes de sucesso, Yannick possui uma filmografia bem mais modesta como intérprete. O mesmo quase acontece com Mona (Leïla Bekhti) e Samia (Zita Hanrot): enquanto a primeira sempre sonhara em ser atriz, é a caçula quem alcança o prestígio na profissão. Forçada a morar com Samia, Mona vê de perto a irmã levar a vida que tanto almeja  – e a inveja, claro, é inevitável. Fragilizada, no entanto, por um personagem que exige muito dela, Samia entra em um profundo desespero que faz com que a jovem passe a negligenciar seus papéis como profissional, esposa e mãe – funções essas que passarão a ser assumidas pela irmã mais velha.

Um dos destaques da última edição do Festival Varilux, Carnívoras  é um filme conduzido às rédeas curtas, evidenciando a preocupação de seus idealizadores em “não errar” – o que, infelizmente, também é um erro. A impressão que se dá é que o filme está a ponto de engrenar a qualquer instante, mas isto não chega a acontecer: pelo contrário, em alguns momentos é nítida a quebra de ritmo, o que torna Carnívoras  um título um tanto irregular. A obviedade na construção das personagens é outro ponto que faz com que não tenhamos tanta empatia por elas: enquanto Mona é a personificação da mulher pudica, reservada e tímida que se esconde atrás do figurino recatado e dos enormes óculos de grau, Samia é a intempestividade em pessoa, com seus cabelos esvoaçantes e o sex appeal  exalando – em duas representações totalmente estereotipadas da mulher contemporânea. Mesmo as reviravoltas da trama não são suficientes para provocar a curiosidade do público, já que as limitações impostas (ainda que inconscientemente) por seus diretores impedem Carnívoras  de ser um filme mais interessante e marcante, apesar do potencial para isso. Fica-se apenas um thriller  genérico que, apesar da cinematografia promissora, não consegue ir além de um entretenimento mediano.

A Noite Devorou o Mundo (La Nuit a Dévoré le Monde)

Sam chega um tanto apreensivo no apartamento daquela que parece ser sua ex-namorada, Fanny. É uma noite de festa, mas o rapaz não quer saber de papo: ele só deseja pegar suas coisas e dar o fora, apesar da insistência da moça para que ele fique e converse com ela. A contragosto, ele aceita tomar um drinque e ficar em um canto, sozinho. Quando esbarra em um dos convidados, Sam acaba adormecendo em um dos cômodos. Ao acordar na manhã seguinte, a surpresa: o prédio está destruído e a capital francesa foi tomada por zumbis.

Baseado no romance homônimo de Martin Page (que assina a obra sob o pseudônimo – e anagrama – Pit Agarmen), A Noite Devorou o Mundo é o longa de estreia de Dominique Rocher e vai muito além de um tradicional filme sobre zumbis. Na contramão dos seus colegas de gênero, A Noite Devorou o Mundo é um drama apocalíptico cuja trama é centralizada em seu protagonista: vivido pelo excelente Anders Danielsen Lie, Sam é um jovem solitário, introspectivo e que pouco interage com o mundo à sua volta. A princípio, ele acredita ser o único sobrevivente da catástrofe; assim, seu maior desafio é manter-se nesta nova realidade, sustentando sua humanidade.

A narrativa, entretanto, é quase nula dos clichês do gênero: não espere perseguições de tirar o fôlego, sangue jorrando para todo lado, vísceras e membros voando por aí (em alguns momentos, isso até ocorre, mas em uma intensidade muito menor). Com um argumento relativamente simples e sem muitas firulas, A Noite Devorou o Mundo é praticamente um manual de sobrevivência ao fim dos tempos, mas redigido com uma sensibilidade e melancolia que não são tão comuns a esta categoria cinematográfica. No lugar dos tiros, carnificinas e exposição gratuita, temos um protagonista que passa a maior parte do tempo produzindo música com o que tem à sua disposição; se exercitando; organizando a “despensa”; ou mesmo dialogando com Alfred (um morto-vivo que, por algum motivo, fica preso no elevador do prédio). Curiosamente, A Noite Devorou o Mundo pode ser encarado como uma profunda crítica à solidão do homem na nossa contemporaneidade – e a maior expressão dessa ideia pode ser encontrada no fato de Sam encerrar o filme da mesma forma como o iniciou: só. A frase eternizada por Tom Jobim (“É impossível ser feliz sozinho…”) é colocada em pauta: em uma sociedade cada dia mais individualista e egoísta, é possível viver sozinho?

Festival Varilux de Cinema Francês 2018: Programação Imperdível Para Junho

Marque aí na agenda: entre os dias 07 e 20 de junho de 2018 acontecerá em todo o país o Festival Varilux de Cinema Francês. O evento, já considerado o maior festival de cinema francês do mundo, percorrerá cerca de 60 cidades brasileiras, oferecendo ao público a oportunidade de conhecer 20 longas-metragens da atual cinematografia francesa.

Entre os principais títulos, os destaques ficam por conta de O Amante Duplo, novo trabalho de François Ozon e que concorreu a Palma de Ouro em Cannes em 2017. Custódia, de Xavier Legrand, também é um dos mais aguardados desta edição. O filme, que foi um das grandes surpresas da última Mostra de Cinema de São Paulo, concedeu a seu idealizador o prêmio de melhor direção no Festival de Veneza. A cineasta Anne Fontaine (que participou nos últimos anos com Gemma Bovery  e Agnus Dei) chega com Marvin, drama sobre um adolescente gay interpretado por Finnegan Oldfield e que ainda tem no elenco a dona da França Isabelle Huppert.

A dupla Pierre Niney e Charlotte Gainsbourg estrelam o drama autobiográfico Promessa ao Amanhecer, baseado no livro de Romain Gary, onde o autor relembra sua juventude na Lituânia e seu êxodo como aviador durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, o oscarizado Jean Dujardin e Mélanie Laurent são os protagonistas da comédia O Retorno do Herói, de Laurent Tirard (diretor de O Pequeno Nicolau e Um Amor à Altura). O documentário da vez será A Busca do Chef Ducasse, sobre o chef  e mentor de culinária Alain Ducasse. Já o clássico do ano será Z, de Costa-Gravas. A produção franco-argelina recebeu 5 indicações ao Oscar em 1970: melhor filme, direção, roteiro adaptado, edição e filme estrangeiro (levando os dois últimos).

Além dos títulos, o Festival também apresentará pela segunda vez a Mostra de Realidade Virtual, uma seleção com cerca de 8 dos melhores filmes franceses nesta categoria. Também haverá, em parceria com a Unifrance Films, uma mostra com curtas-metragens premiados em diversos festivais, como Belle à Croquer (cujo elenco traz as atrizes Lou de Laâge e a dama Catherine Deneuve) e o elogiado Garden Party, que concorreu ao último Oscar. A delegação francesa, por sua vez, contará com a presença de 8 artistas: Finnegan Oldfield, Nabil Ayouch, Yannick Renier, Maryam Touzani, Jérèmie Renier, Fabien Gorgeart, Clotilde Hesme e Zita Hanrot.

Confira abaixo a lista completa dos títulos desta edição:

50 SÃO OS NOVOS 30 (Marie Francine), de Valérie Lemercier
O AMANTE DUPLO (L’Amant Double), de François Ozon
A APARIÇÃO (L’Apparition), de Xavier Giannoli
A BUSCA DO CHEF DUCASSE (La Quête D’Alain Ducasse), de Gilles de Maistre
CARNÍVORAS (Carnivores), de Jérémie Renier e Yannick Renier
DE CARONA PARA O AMOR (Tout le Mond Debout), de Franck Dubosc
CUSTÓDIA (Jusqu’à la Garde), de Xavier Legrand
A EXCÊNTRICA FAMÍLIA DE GASPARD (Gaspard va au Mariage), de Antony Cordier
GAUGUIN – VIAGEM AO TAITI (Gauguin – Voyage de Tahiti), de Edouard Deluc
MARVIN (Marvin ou la Belle Éducation), de Anne Fontaine
A NOITE DEVOROU O MUNDO (La Nuit a Devoré le Monde), de Dominique Rocher
NOS VEMOS NO PARAÍSO (Au Revoir Là-Haut), de Albert Dupontel
O ORGULHO (Le Brio), de Yvan Attal
O PODER DE DIANE (Diane a les Épaules), de Fabien Gorgeart
PRIMAVERA EM CASABLANCA (Razzia), de Nabil Ayouch
PROMESSA AO AMANHECER (La Promesse de L’Aube), de Eric Barbier
A RAPOSA MÁ (Le Grand Méchant Renard et Autres Contes), de Benjamin Renner e Patrick Imbert
O RETORNO DO HERÓI (Le Retour du Héros), de Laurent Tirard
TROCA DE RAINHAS (L’Échange des Princesses),  de Marc Dugain
O ÚLTIMO SUSPIRO (Dans la Brume), de Daniel Roby
Z (Z), de Costa-Gavras

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FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2018

Data: de 07/06/2018 a 20/06/2018
Informações: http://variluxcinefrances.com/2018/

Prepare o Vinho e o Croissant: Vem Aí o Festival Varilux de Cinema Francês 2017

Junho já está quase aí – e com ele chega também um dos eventos mais esperados pelos cinéfilos de carteirinha: o Festival Varilux de Cinema Francês. A edição deste ano, que ocorre entre os dias 07 e 21 de junho, abrangerá 55 cidades de 21 estados e o Distrito Federal.

Ao todo, serão 19 títulos exibidos, todos inéditos no país, incluindo o documentário Amanhã, de Cyril Dion e Melanie Laurent, e o musical Duas Garotas Românticas, de Jacques Demy – o clássico do ano, estrelado pelas irmãs Catherine Deneuve e Françoise Dorléac (esta última falecida em 1942, aos 25 anos, em um trágico acidente automobilístico).

Além destes, outros filmes ganham destaque e são muito aguardados pelo público. Julliete Binoche, que estampa o cartaz desta edição, é a protagonista de Tal Mãe, Tal Filha, comédia de Noèmie Saglio (um dos nomes responsáveis pelo irresistível Beijei Uma Garota, exibido no festival em 2015). Deneuve também estrela O Reencontro, filme de Martin Provost, ao lado da igualmente musa francesa Catherine Frot (que protagonizou Marguerite, de Xavier Gianolli, no ano anterior). A oscarizada Marion Cotillard aparece nas telonas do evento em duas produções: em Rock’n Roll – Por Trás da Fama, de Guillaume Canet; e Um Instante de Amor, de Nicole Garcia, onde divide as atenções com ninguém menos que Louis Garrel. Omar Sy dá as caras por aqui com Uma Família de Dois, assim como o cineasta François Ozon, que apresenta seu mais novo trabalho, o elogiado drama pós-guerra Frantz.

Além dos títulos, o Varilux também contará com sua já tradicional oficina de roteiros, que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 05 a 09 de junho. Marcam presença ainda na abertura do Festival os realizadores e intérpretes de Perdidos em Paris, Dominique Abel e Fiona Gordon; o rapper e ator Sadek, que contracena ao lado de Gérard Depardieu em Tour de France; o ator Ramzy Bedia e o diretor Olivier Peyon, de O Filho Uruguaio; a cineasta Noèmie Saglio e a atriz Camille Cottin.

Confira abaixo os filmes desta edição:

A VIAGEM DE FANNY (Le Voyage de Fanny), de Lola Doillon
A VIDA DE UMA MULHER (Une Vie), Stéphane Brizé
AMANHÃ (Demain), de Cyril Dion e Mélanie Laurent
CORAÇÃO E ALMA (Réparer les Vivants), de Katell Quillévéré
DUAS GAROTAS ROMÂNTICAS (Les Demoiselles de Rochefort), de Jacques Demy
FRANTZ (Frantz), de François Ozon
NA CAMA COM VICTORIA (Victoria), de Justine Triet
NA VERTICAL (Rester Vertical), Alain Guiraudie
O FILHO URUGUAIO (Une Vie Ailleurs), de Olivier Peyon
O REENCONTRO (Sage Femme), de Martin Provost
PERDIDOS EM PARIS (Paris Pieds Nus), de Dominique Abel e Fiona Gordon
ROCK’N ROLL – POR TRÁS DA FAMA (Rock’n’Roll), de Guillaume Canet
RODIN (Rodin), de Jacques Doillon
TAL MÃE, TAL FILHA (Telle Mére, Telle Fille), de Noémie Saglio
TOUR DE FRANCE (Tour de France), de Rachid Djaidani
UM INSTANTE DE AMOR (Mal de Pierres), de Nicole Garcia
UM PERFIL PARA DOIS (Un Profil Pour Deux), de Stéphane Robelin
UMA AGENTE MUITO LOUCA (Raid Dingue), de Dany Boon
UMA FAMÍLIA DE DOIS (Demain Tout Commence), de Hugo Gélin

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FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2017

Data: de 07/06/2017 a 21/06/2017
Informações: http://variluxcinefrances.com

Festival Varilux de Cinema Francês 2016: Programação Imperdível no Mês de Junho

01Não há dúvidas: a melhor programação para os cinéfilos de carteirinha no próximo mês é o Festival Varilux de Cinema Francês 2016, que neste ano vai rolar entre os dias 8 e 22 de junho em todo o país.

A edição deste ano chega com força total: ao todo, são 16 produções (sendo 15 filmes inéditos) que serão exibidas em 50 cidades brasileiras, igualando ao recorde do ano anterior. Além disso, o evento ganhou uma semana a mais em relação à sua edição passada – o que, por si só, já demonstra o quanto o Festival se tornou um dos principais veículos de disseminação da cultura francesa no Brasil. Com isso, o público nacional poderá conhecer de perto a nova safra da produção cinematográfica da França – um país com um histórico aclamado na sétima arte.

Além dos títulos, o Festival conta também com atividades paralelas, como as já conhecidas Oficinas de Roteiro (que acontecem nas cidades do Rio de Janeiro e Recife) e também a Oficina de Crítica Cinematográfica – que neste ano será ministrada por Jean-Michel Frodon, ex-diretor de redação da cultuada revista Cahiers du Cinéma. Também já tem presença confirmada os diretores Roschdy Zem (cujo filme Chocolate, com Omar Sy, é um dos mais aguardados) e Philippe Le Guay (de Pedalando com Molière) e os atores Finnegan Oldfield, Vincent Lacoste e Lou de Laâge  – esta última, considerada uma das atrizes mais promissoras de sua geração.

Confira abaixo os títulos que estarão presente nesta edição do Festival Varilux:

ABRIL E O MUNDO EXTRAORDINÁRIO (Franck Ekinci, Christian Desmares)
AGNUS DEI (Anne Fontaine)
UM BELO VERÃO (Catherine Corsini)
CHOCOLATE (Roschdy Zem)
A CORTE (Christian Vincent)
OS COWBOYS (Thomas Bidegain)
UM DOCE REFÚGIO (Bruno Podalydès)
FLÓRIDA (Philippe Le Guay)
UM AMOR À ALTURA (Laurent Tirard)
LOLO, O FILHO DA MINHA NAMORADA (Julie Delpy)
MEU REI (Maïwenn)
MARGUERITE (Xavier Giannoli)
O NOVATO (Rudi Rosenberg)
LA VANITÉ (Lionel Baier)
VIVA A FRANÇA (Christian Carion)
UM HOMEM, UMA MULHER (Claude Lelouch)

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FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2016

Data: de 08/06/2016 a 22/06/2016
Informações: http://variluxcinefrances.com/2016/

Festival Varilux de Cinema Francês 2015: Programação em Todo o Brasil

Em uma temporada pouco atraente, o melhor programa para os cinéfilos nos próximos dias é o Festival Varilux de Cinema Francês 2015, que neste ano vai acontecer entre 10 e 17 de junho.

Um mês após o maior evento cinematográfico do mundo (Cannes), a edição deste ano pretende chegar a todas as capitais brasileiras trazendo grandes novidades do cinema francês. Para tal, o número de cidades abrangidas aumentou para 50 – no total, são 80 salas exibindo 16 títulos dos mais variados gêneros e cineastas. Com isso, segundo os organizadores do festival, a expectativa é de que mais de 110 mil pessoas sejam levadas ao cinema durante os sete dias de exibição.

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Hoje, o Varilux já é um dos principais eventos de cinema do país, ajudando a disseminar e promover a cultura da França – um país com histórico cinematográfico bastante aclamado. Alem dos filmes, o festival conta com atividades paralelas, como uma oficina de roteiro (4ª Oficina Franco-Brasileira de Roteiro Audiovisual – entre 08 a 13 de junho), diversos debates e encontros com diretores e intérpretes dos filmes da mostra (como os cineastas Philippe de Chauveron e Martin Bourboulon e os atores Pio Marmaï e Patrick Bruel) e também uma homenagem a cidade do Rio de Janeiro e aos seus 450 anos.

Entre as produções mais aguardadas, vale conferir De Cabeça Erguida, protagonizado pela musa francesa Catherine Deneuve e que abriu a competição de Cannes este ano; a comédia Que Mal Eu Fiz a Deus?, fenômeno de bilheteria da França em 2014; Asterix e o Domínio dos Deuses, primeira animação em computação gráfica e 3D baseada em histórias em quadrinhos; e Samba, o mais recente de trabalho da dupla Eric Toledano e Olivier Nakache, que arrebataram ótimas críticas com o sucesso Intocáveis. Confira abaixo os títulos:

ASTERIX E O DOMÍNIO DOS DEUSES (Louis Clichy e Alexandre Astier)
BEIJEI UMA GAROTA (Noémie Saglio e Maxime Govare)
DE CABEÇA ERGUIDA (Emmanuelle Bercot)
O DIÁRIO DE UMA CAMAREIRA (Benoît Jacquot)
GEMMA BOVERY (Anne Fontaine)
HIPÓCRATES (Thomas Lilti)
O HOMEM DO RIO (Philippe de Broca)
OS OLHOS AMARELOS DOS CROCODILOS (Cécile Telerman)
RELACIONAMENTO À FRANCESA (Martin Bourboulon)
O PREÇO DA FAMA (Xavier Beauvois)
NA PRÓXIMA, ACERTO NO CORAÇÃO (Cédric Anger)
O QUE AS MULHERES QUEREM (Audrey Dana)
QUE MAL EU FIZ A DEUS? (Philippe de Chauveron)
SAMBA (Eric Toledano e Olivier Nakache)
SEXO, AMOR E TERAPIA (Tonie Marshall)
SOBRE AMIGOS, AMOR E VINHO (Éric Lavaine)

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FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2015

Data: de 10/06/2015 a 17/06/2015
Informações: http://variluxcinefrances.com/.