Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo (Mas Tinha Medo de Perguntar)

O sexo ainda hoje é um tabu – mas é curioso como muitos nomes, ao longo da história, já tentaram desmitificar esse assunto. Talvez Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo (Mas Tinha Medo de Perguntar) não traga muita profundidade ao tema, até mesmo se levarmos em consideração que se trata de uma obra cômica (não que a comédia não possa ser um excelente veículo de comunicação). Entretanto, é interessante analisar a narrativa de um Woody Allen em início de carreira, trazendo às telas alguns elementos que seriam marca impressa de sua extensa, cultuada e controversa filmografia.

Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo (Mas Tinha Medo de Perguntar) é composto por sete esquetes, baseadas em seções do livro homônimo de David Reuben – e, definitivamente, é a tentativa de Allen de esclarecer supostas dúvidas do público em relação ao sexo (a julgar pelo título óbvio e pela estrutura narrativa). Cada “segmento” é iniciado com um questionamento e Allen utiliza-se de histórias distintas para responder cada um deles.

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O que mais impressiona é o fato de que estamos diante de um filme do início dos anos 70. O que isso quer dizer? Bem, naquela época esta produção pode ter funcionado até que bem – mas, é claro, talvez hoje já não tenha tamanho impacto. No entanto, vale a pena acompanhar a habilidade de Allen em fundir o nonsense dentro do cotidiano para explorar de forma quase surreal o quão ridículo é a visão que o ser humano, ainda hoje, tem acerca do sexo. Assim, algumas sequências são irrepreensíveis, como o núcleo do médico que se apaixona por uma ovelha – até mesmo encarar o bom velhinho Woody Allen caracterizado como um espermatozoide é impagável. Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo (Mas Tinha Medo de Perguntar) é Woody Allen parodiando a tudo e a todos: Shakespeare, filmes antigos de terror, cinema italiano, programas de TV – mas principalmente a imbecilidade humana, daquele jeitinho que só ele sabe fazer. Só isso já faz com que o longa tenha seus créditos (e devido destaque) na obra alleniana.

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