A Lei da Noite (Live by Night)

Escrito, dirigido e protagonizado por Ben Affleck (por quem eu assumidamente não mantenho a menor simpatia), A Lei da Noite é, para alguns, um dos maiores esnobados das principais premiações em 2017. Lançado nos EUA no final de dezembro do ano passado, o filme, entretanto, foi um fiasco de bilheteria – uma das menores da carreira de Affleck, o que lhe custou um prejuízo de mais de U$ 70 milhões e deixou uma dúvida no ar com relação ao sempre questionável talento de seu idealizador (que, definitivamente, é muito melhor cineasta do que ator, apesar de lhe faltar certo brilhantismo em qualquer uma dessas áreas).

Narrado em primeira pessoa com um desnecessário recurso off, A Lei da Noite conta a história de Joe Coughlin, um veterano de guerra e filho de um capitão de polícia que acaba se envolvendo com o crime organizado. Após ser traído por sua amante e ficar à beira da morte, Joe pede proteção para o chefe da máfia italiana, Maso Pescatore, que o incube de comandar as atividades de um cartel na costa da Flórida. Motivado por um profundo desejo de vingança contra o mafioso Albert White, Joe recomeça sua vida ao lado de Graciela, enquanto tenta administrar seus negócios oriundos de atividades ilegais e as rivalidades que o ameaçam.

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Talvez o que mais prejudica A Lei da Noite é a falta de objetivo em seu roteiro. É um filme sobre máfia, mas falta se aprofundar no tema, apesar de todos os elementos inerentes a ele estarem presentes. Flerta depois com um romance que poderia facilmente ser descartado, já que não faria a menor diferença na trama. Poderíamos até embarcar em um drama sobre vingança, mas a obsessão do protagonista por seu rival se esvaece ao longo das duas longas horas de produção – e quando os inimigos estão frente a frente não há um clímax à altura. A Lei da Noite se apoia basicamente na velha disputa da máfia para consolidar seu território, mas o ritmo da narrativa é muito comprometido pelo excesso de diálogos. Muita fala, pouca ação – e isso para quem espera um filme “alucinante” é quase uma decepção.

Dizer que o filme é ruim é ser muito cruel com Ben Affleck, que visivelmente se esforça e entrega uma obra que não chega a ser tudo aquilo que propõe, mas quase chega lá. Apesar do incômodo causado pelo uso de CGI para dar uma rejuvenescida em Affleck (que aqui parece ligado no modo automático – mas quando não?), o filme não é um fiasco por completo – pelo contrário, é um entretenimento mediano para quem encara-lo sem muita expectativa. Do contrário, a decepção pode ser inevitável…

Um pensamento sobre “A Lei da Noite (Live by Night)

  1. Devo dizer que eu amei apesar das críticas negativas. Para mim um dos melhores filmes que eu vi o ano passado. Na verdade não sou muito fã de Ben Affleck filmes, mas em A lei da Noite me surpreendeu. Acho que ele adaptou a história de uma maneira impressionante, colocando como evidencia que era o diretor indicado pelo filme. Desfrutei muito deste filme pelo bom enredo e narrativa, mas é importante mencionar também que graças ao grande trabalho do elenco foi um dos melhores filmes deste ano.

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