Keane: Dez (?) Anos em Coletânea “Colorida”

Há algumas bandas que, por mais que se queira, é impossível não gostar. Por mais que se tente achar algum defeito, alguma brecha, algum “porém”, você acaba desistindo e se entregando ao talento indubitável do artista; aquele tipo de banda que ainda que não seja sua preferida, você reconhece que é boa e faz coisas de qualidade. Este é o sentimento que eu nutro pelos garotos do grupo inglês Keane, que está prestes a lançar (em 11 de novembro de 2013, conforme anunciado em seu site) um álbum compilatório para celebrar os dez anos de carreira do quarteto (ou melhor, de seu primeiro single comercial, Everybody’s Changing, de 2003 – já que a banda existe desde 1995).

keaneAgora, here we go: liderada pelo vocalista Tom Chaplin, o Keane se destacou no cenário musical a partir de 2003, pouco antes do seu bem sucedido álbum de estréia, Hopes And Fears. Desde então, o grupo (que mescla um estilo entre o rock alternativo britânico, indie e algumas pinceladas de new wave – veja vocês…) tem estado em evidência e conquistado uma legião de fãs ao redor do mundo, com suas explícitas influências em artistas como U2, A-ha, R.E.M., The Smiths e outros, em maior ou menor proporção, mas que contribuíram para formar a identidade musical do conjunto.

Com quatro álbuns nas costas (o último, Strangeland, foi lançado em 2012), eis que a banda tem uma ideia: lançar uma coletânia com os maiores hits de sua carreira. O resultado disso será a compilação The Best Of Keane, já na pré-venda no site oficial dos rapazes e com diversas edições (simples, edição de luxo com DVD, livro e o caralho a quatro outros atrativos – o que se traduz em uma ótima fonte de receita extraída dos fãs alucinados).

bestA playlist será recheada com canções como Perfect SymmetrySovereign Light Café e ai! morri Somewhere Only We Know, entre outros grandes sucessos – além de algumas faixas inéditas preparadas para o álbum, como Won’t Be Broken e a já liberada Higher Than The Sun – que ganhou um ótimo clipe na última semana. No vídeo, é retratado a trajetória da banda em uma espécie de animação, que acompanha as fases vividas pelos garotos e os álbuns de sua carreira. Dirigido por Chris Boyle, o vídeo caiu bem para a canção que, musicalmente, é reflexo de tudo o que a banda fez durante esses anos na estrada.


Olha, seria um pouco de hipocrisia falar que eu não estou aguardando ansiosamente pela coletânea – afinal, o som do grupo é delicioso de se ouvir, além dos hits que são muito bons e, unidos todos os melhores então…! Era tudo o que os fãs (e os nem tão fãs, mas admiradores) esperavam. E, é claro, a banda também né? Afinal, faturar um extra sem fazer coisa muito nova é sempre um bom negócio… #maldade